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Eternal Darkness

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Eternal Darkness Empty Eternal Darkness

Mensagem por Sammael Qua Jan 26 2011, 16:10

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Quem não se lembra de Eternal Darkness?

Desmistificando Eternal Darkness

Eternal Darkness, ao contrário do que muitos pensaram, não é um clone de Resident Evil. O jogo mistura ação (combates), resolução de puzzles, magias, uma história surrealista, suspense e terror. Pode ser definido, na sua denominação em inglês, como um "Psicological Thriller" ambientado em diferentes períodos da humanidade.

Sua história não é para qualquer um, e parece ter sido feita para agradar a um nicho. É bastante mística, trazendo à tona o velho dilema do fim do mundo através da evocação, via magia e cultos de uma antiga raça que habitou a Terra antes dos humanos, e que retornaria para colocar um fim em sua existência.

A chave de tudo isso gravita em torno de um livro chamado de The Tome of Eternal Darkness, que a Alexandra Roivas (protagonista do jogo) se depara durante a busca na mansão, após buscar pistas sobre a morte brutal do seu avô (pois a polícia já tinha desistido das investigações por falta de provas).

Cada capítulo do livro conta histórias escritas por seu avô. Ao serem lidas, magicamente (ou imaginariamente?) colocam você no comando do personagem em questão, na época mencionada.

Idéias originais

Eternal Darkness, além da história profunda e surreal, tem outros atributos. Um deles é a possibilidade de controlar doze personagens distintos, que vivem suas próprias histórias, batalhas e agruras em diferentes períodos nos últimos dois milênios.

Outro é o famoso Sanity Meter (ou medidor de sanidade). Quando em uma batalha, o simples olhar dos inimigos vai fazendo decrescer o nível de sanidade de seu personagem. Para recuperá-la, é necessário matar os inimigos e finalizá-los com um golpe especial. A idéia vai além da simples mecânica estético-jogabilística, e acrescenta alguns dos melhores momentos do jogo.
Explicação: quanto menor sua sanidade, maior a possibilidade de coisas estranhas acontecerem durante a jogo. Algumas delas, por sinal, são muito assustadoras e originais fazendo que o próprio jogo pregue peças no personagem e até mesmo no jogador. Alguns exemplos básicos são paredes e quadros que choram sangue, ruídos perturbadores no fundo, câmera com ângulos mais dramáticos, alucinações, o personagem perde a cabeça do nada (já até recebi um aviso de que meu memory-card foi corrompido e tinha perdido todos os salves dos outros jogos) e por aí vai. Haverá momentos em que você vai pensar que tem alguém jogando com você, mesmo estando em uma sala fechada, à noite e sozinho...

Para um jogo que ficou quatro anos em desenvolvimento, e com o controle de qualidade da exigente Nintendo, a parte gráfica é uma decepção.

Som do jogo

Se os gráficos são fracos, o mesmo não podemos dizer do som. Eternal Darkness tem dublagens de alta qualidade, equivalentes às de Metal Gear Solid 2 ou Baldur's Gate. A música é muito boa, e contribui para te deixar no clima de suspense e terror psicológico.

Os efeitos sonoros são bacanas também, com ruídos aterrorizantes e desconcertantes no fundo, além dos barulhos característicos das armas utilizadas. É um trabalho bem feito neste departamento, auxiliado pelo algoritmo Dolby Pro Logic II, que torna tudo mais realista.

Concepção dúbia

Mas o maior problema de Eternal Darkness não são os gráficos, e sim sua concepção de jogo. O controle dos personagens é muito bom e suave, mas a variedade da ação é pequena demais. As batalhas são extremamente repetitivas, e os inimigos são sempre mortos da mesma maneira. É a síndrome de Sword of the Berzerk ou Devil May Cry incorporada em um jogo da Nintendo. Além disso, Eternal Darkness não sabe onde colocar sua ambição: ser um filme interativo, com ênfase no clima, ou um típico jogo de ação/aventura.

Os enigmas e puzzles são muito fáceis, de modo que qualquer um possa passá-los sem ter qualquer problema. Basta estar atento ao cenário e ter paciência para ficar rodando tudo atrás de um item esquecido, no melhor estilo Resident Evil. E para quem imaginava que os 12 personagens distintos trariam variedade e novidades à jogatina, pode tirar o seu cavalinho da chuva. Eles são apenas meras adições estéticas, para acondicionar a história e os cenários diferentes. O controle e os objetivos continuam os mesmos na sua essência.

Em suma, posso dizer que Eternal Darkness, apesar da história interessante, é um jogo que não mantém viva sua vontade de jogar durante o desenrolar dos fatos. Ele é repetitivo sim, e isso o fez andar na contramão da modernidade na concepção de videogames.

O Veredicto: Eternal Darkness é um bom jogo, bem produzido e acima da mediocridade vista por aí. Mas, infelizmente, está longe de ser um clássico e não justifica ter ficado quatro anos em desenvolvimento.

Fonte (com adaptações): http://games.terra.com.br/interna/0,,OI1069832-EI6515,00-Eternal+Darkness.html
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